segunda-feira, 21 de junho de 2010

Citações

               Kierkegaard

"Existem verdades nas quais temos de comprometer a nós mesmos,
Tão essenciais que a existência é incompreensível sem elas, e sem
As quais a vida não tem sentido
Verdades que forneçam um sentido para si, para aquele individuo concreto
Que vive aqui e agora cuja alma é incessantemente agitada pelas incertezas
Da existência e pelas escolhas diante das quais ela o coloca"

domingo, 25 de abril de 2010

Crime, castigo e ressureição

Encontrei um texto do Ricardo Gondim essa semana, coincidente mente bem quando eu estava terminando de reler o livro do Dostoievski, Crime e Castigo.
Gostei bastante da analise dele sobre o livro, por isso estou postando o texto aqui também :

Crime, castigo e ressurreição
Ricardo Gondim

Páginas e páginas da história estão abarrotadas de cadáveres. Milhões morreram devido a estupidez de Reis, ditadores, sacerdotes e mercadores. Guerras foram justificadas por questões econômicas. Massacres aconteceram para defender patriotismos imbecis. Genocídios se repetiram para que determinada religião prevalecesse. Gerações se comportaram com menos dignidade que os lobos – que não são predadores da própria matilha.

Em Crime e Castigo, Dostoiévski narra a vida de Raskólnikov, estudante desesperado pela miséria. Vendo-se explorado por Aliena Ivánovna, uma velha, usurária que sobrevive da agiotagem, Raskólnikov a assassina com golpes de machado. Para justificar seu homicídio, Raskólnikov, que era brilhante, engendra uma teoria: existem dois tipos de indivíduos, os “ordinários” e os “extraordinários”. Os “ordinários” são aqueles que se contentam em reproduzir, e caminham anônimos pela existência; eles fazem parte das massas, e vagam como manada. Já os “extraordinários” são os responsáveis pela história e sobre seus ombros recai o dever de conduzir os destinos da humanidade.

Raskólnikov se inspirou em Napoleão antes de decidir matar. Ele se lembrou que o imperador verteu rios de sangue para solidificar a burguesia francesa que necessitava de uma estrutura bancária. Seu pensamento foi mais ou menos o seguinte: “Ora, se a história absolveu Napoleão, que matou milhões em nome de um projeto econômico, porque eu, Rodion Románovitch Raskólnikov, não posso acabar com uma decrépita, que repete na microestrutura o que o sistema bancário faz na macroestrutura?”.

Neste pressuposto, Dostoiévski critica o projeto da modernidade. A modernidade, que transformou o século XX no mais sanguinário da história, se desenvolveu com a lógica sacrificial de que indivíduos podem ser descartados. Quem vai julgar a indústria do leite em pó, que promoveu um infanticídio na África ao incentivar o abandono do aleitamento materno? As grifes famosas, que exploram o trabalho escravo na Ásia para maximizar lucros, permanecerão impunes? Quem há de protestar contra o absurdo de uma xícara de café custar, na Europa, mais que um dia de trabalho em fazendas da América do Sul? George W. Bush vai mesmo desfrutar uma vida abastada e longa no Texas, sem sofrer nenhum processo em tribunais internacionais?

Os “extraordinários” se sentem imunes e impunes. Em nome do processo civilizatório, do capitalismo que mantém a engrenagem econômica em movimento e do progresso, vidas são eliminadas, inclusive, com efeitos colaterais perversos. Danem-se os pobres, as crianças e os deficientes. “Algum preço tem que ser pago para que a humanidade progrida e alcance seu fim glorioso”, afirmam.

Em cima de tal lógica, Raskólnikov jamais admitiu ter matado a velha. Para ele, um "princípio" foi eliminado. Aliena era um obstáculo, um “piolho”, que estorvava o seu caminho.

Profeta adiante de sua época, Dostoiévski expôs a inclemência do capitalismo, que não tem escrúpulos de mercadejar com a alma humana. As grandes fortunas, os mega empreendimentos, as ideologias absolutas, junto com as religiões dogmáticas, não têm coração; não sentem remorso. Mas Raskólnikov sofreu. Sua consciência não o deixava em paz, teve febre e foi para o fundo do poço. A mensagem final do livro é: existe a possibilidade de um novo começo para indivíduos maus; as estruturas sociais, religiosas e econômicas, entretanto, se depravaram e nunca vão parar de assassinar.

Soli Deo Gloria

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ilusões

Pecar pelo silêncio quando devemos protestar transforma homens em covardes
Nossa sociedade atual é tão egoista
Implacavel nos seus desejos de poder
Escravizados pela nossa busca consumista por estilo
Iludidos pelo estilo Americano de vida

Os idolos da nossa geração são feitos de implantes
Pessoas de mentira,Faces e corpos de plástico
Adorados como deuses

Quem irá se lamentar por nós?
Quem irá enxugar nossas lágrimas?
Quem terá pena de nós?
Por quanto tempo nós seremos impuros?

Nós vendemos nossos corpos e almas para esses deuses dos prazeres fáceis
Sem nenhum traço de culpa ou remorso
Que tipo de pessoas estamos nos tornando? o pior?
Por que 'diabos' nós estamos nos auto destruindo?
Como uma bomba relógio na contagem regressiva para explosão

Com respostas misticas para os problemas da vida
Nossos jogos politicos nunca funcionaram afinal
Não há futuro dentro desses corações mortos
Estamos nos afogando no mar de sujeira interior

É isso o que você quer?
É disso que você precisa?